מָר סָבַר: אִם שָׁהָה כְּדֵי לִגְמוֹר אֶת כּוּלָּהּ — חוֹזֵר לָרֹאשׁ. וּמַר סָבַר: לְמָקוֹם שֶׁפָּסַק.

Um Sábio mantinha que, como regra, se alguém interrompesse sua reza e atrasasse a continuação por um intervalo suficiente para que se completasse toda a reza, ele deveria retornar ao início da reza. E outro Sábio mantinha: Ele deveria retornar ao lugar na reza onde havia parado.

אָמַר רַב אָשֵׁי: הַאי ״אִם שָׁהָה״, אִם לֹא שָׁהָה מִיבְּעֵי לֵיהּ! אֶלָּא, דְּכוּלֵּי עָלְמָא אִם שָׁהָה כְּדֵי לִגְמוֹר אֶת כּוּלָּהּ — חוֹזֵר לָרֹאשׁ, וְהָתָם בִּדְלֹא שָׁהָה קָמִיפַּלְגִי, דְּמָר סָבַר גַּבְרָא דְחוּיָא הוּא, וְאֵין רָאוּי, וְאֵין תְּפִלָּתוֹ תְּפִלָּה. וּמַר סָבַר גַּבְרָא חַזְיָא הוּא, וּתְפִלָּתוֹ תְּפִלָּה.

Rejeitando essa possibilidade, o Rav Ashi disse: Se esse fosse cerne de sua disputa deveriam ter discutido o elemento da frase: Se ele atrasou e Se ele não atrasou. Porém, em nenhum lugar de sua disputa eles mencionaram a questão de, quanto tempo o atraso durou. Em vez disso, todos, tanto o Rav Ḥisda quanto o Rav Hamnuna, concordaram que, se alguém atrasasse a continuação de sua reza por um intervalo suficiente para completar toda a reza, ele deveria retornar ao início da reza. E aí, na disputa em discussão, discordavam em relação a quem não tivesse demorado tanto tempo. A disputa centrava-se no status de quem reza, neste caso particular. Como um Sábio sustentava que, uma vez que ele evidentemente precisava urinar antes de iniciar sua reza, ele alguém desqualificado e inapto para a reza, e sua reza não seria uma reza válida; portanto, ele deve repeti-la em sua totalidade. E o outro Sábio sustentava que ele seria alguém apto para a reza e sua reza seria uma reza válida.

תָּנוּ רַבָּנַן: הַנִּצְרָךְ לִנְקָבָיו — אַל יִתְפַּלֵּל, וְאִם הִתְפַּלֵּל — תְּפִלָּתוֹ תּוֹעֵבָה. אָמַר רַב זְבִיד וְאִיתֵּימָא רַב יְהוּדָה: לֹא שָׁנוּ אֶלָּא שֶׁאֵינוֹ יָכוֹל לִשְׁהוֹת בְּעַצְמוֹ, אֲבָל אִם יָכוֹל לִשְׁהוֹת בְּעַצְמוֹ — תְּפִלָּתוֹ תְּפִלָּה.

Os Sábios ensinaram num baraita: Aquele que precisar se aliviar, não pode rezar e se ele rezar, sua reza é considerada uma abominação. O rav Zevid e alguns disseram que foi o Rav Iehudá que teria dito, ao qualificar esta declaração: Eles só ensinaram esta halahá em um caso em que a pessoa não foi capaz de se conter. Mas, se a pessoa puder se conter, sua reza será uma reza válida, pois não será maculada por sua necessidade de se aliviar.

וְעַד כַּמָּה? אָמַר רַב שֵׁשֶׁת: עַד פַּרְסָה. אִיכָּא דְּמַתְנֵי לַהּ אַמַּתְנִיתָא: בַּמֶּה דְּבָרִים אֲמוּרִים — כְּשֶׁאֵין יָכוֹל לַעֲמוֹד עַל עַצְמוֹ. אֲבָל אִם יָכוֹל לַעֲמוֹד עַל עַצְמוֹ — תְּפִלָּתוֹ תְּפִלָּה. וְעַד כַּמָּה? אָמַר רַב זְבִיד: עַד פַּרְסָה.

A Guemará pergunta: E por quanto tempo a pessoa deve ser capaz de se conter? O Rav Sheshet disse: O tempo que for necessário para andar um parasang. Alguns ensinaram esta halahá diretamente sobre o que foi ensinado no baraita: Em que caso esta declaração foi dita? No caso em que a pessoa seria incapaz de se conter, mas se for capaz de se conter, sua reza será uma reza válida. E por quanto tempo? Rav Zevid disse: Durante o tempo que for necessário para andar um parasang.

אָמַר רַבִּי שְׁמוּאֵל בַּר נַחְמָנִי אָמַר רַבִּי יוֹנָתָן: הַנִּצְרָךְ לִנְקָבָיו — הֲרֵי זֶה לֹא יִתְפַּלֵּל, מִשּׁוּם שֶׁנֶּאֱמַר: ״הִכּוֹן לִקְרַאת אֱלֹהֶיךָ יִשְׂרָאֵל״.

Rabi Shmuel bar Naḥmani disse que o Rabi Ionatan disse: Aquele que precisar se aliviar não pode rezar, porque foi afirmado: "Prepara-te para saudar o teu Elohim, ó Israel" (Amós 4 : 12), e se deve limpar sua mente de todas as distrações e se preparar perante o HaShem durante a reza.

וְאָמַר רַבִּי שְׁמוּאֵל בַּר נַחְמָנִי אָמַר רַבִּי יוֹנָתָן: מַאי דִּכְתִיב: ״שְׁמוֹר רַגְלְךָ כַּאֲשֶׁר תֵּלֵךְ אֶל בֵּית הָאֱלֹהִים״? שְׁמוֹר עַצְמְךָ שֶׁלֹּא תֶּחְטָא, וְאִם תֶּחְטָא — הָבֵא קׇרְבָּן לְפָנַי. ״וְקָרוֹב לִשְׁמֹעַ דִּבְרֵי חֲכָמִים״, אָמַר רָבָא: הֱוֵי קָרוֹב לִשְׁמוֹעַ דִּבְרֵי חֲכָמִים, שֶׁאִם חוֹטְאִים מְבִיאִים קׇרְבָּן וְעוֹשִׂים תְּשׁוּבָה. ״מִתֵּת הַכְּסִילִים זָבַח״ — אַל תְּהִי כַּכְּסִילִים שֶׁחוֹטְאִים וּמְבִיאִים קׇרְבָּן, וְאֵין עוֹשִׂים תְּשׁוּבָה.

Neste contexto, a Guemará cita uma declaração adicional, que o Rabi Shmuel bar Naḥmani disse que o Rabi Ionatan disse: Qual é o sentido do que está escrito: "Guarde o seu pé quando você for para a casa de Elohim, e prepare-se para ouvir; é melhor do que quando os tolos trazem ofertas, pois não sabem... fazer o mal" (Kohelet 4:17)? Significando: Quando você entrasse na casa do HaShem, deveria se guardar da transgressão e, se cometesse uma transgressão, deveria trazer uma oferta diante de Mim em expiação. O verso continua: "Aproximem-se e escutem as palavras dos sábios." Rava disse: Esteja preparado para ouvir as palavras dos sábios, que, se cometerem uma transgressão, devem trazer oferta e se arrependerem. Ele interpreta a próxima parte do versículo: "É melhor do que quando os tolos trazem ofertas", que não sejam como os tolos que cometem uma transgressão e trazem uma oferta, mas não se arrependem.

״כִּי אֵינָם יוֹדְעִים לַעֲשׂוֹת רָע״ אִי הָכִי צַדִּיקִים נִינְהוּ! אֶלָּא, אַל תְּהִי כַּכְּסִילִים שֶׁחוֹטְאִים וּמְבִיאִים קׇרְבָּן, וְאֵינָם יוֹדְעִים אִם עַל הַטּוֹבָה הֵם מְבִיאִים, אִם עַל הָרָעָה הֵם מְבִיאִים. אָמַר הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא: בֵּין טוֹב לְרַע אֵינָן מַבְחִינִים, וְהֵם מְבִיאִים קׇרְבָּן לְפָנַי?!

A respeito do final do versículo: "Pois não sabem ... fazer o mal...", a Guemará pergunta: Se fosse assim, eles seriam justos. Pelo contrário, deve ser entendido: Não seja como os tolos que cometem uma transgressão e trazem um oferta, mas não sabem se o estão trazendo como uma oferta de agradecimento pelo bem, ou como uma oferta de expiação pelo mal. Este é o sentido do versículo: "Pois eles não sabem... fazer o mal..."; eles não sabem se e quando, suas ações são más. Com relação a esses indivíduos, o Santo, bendito seja, disse: Eles não são capazes de distinguir entre o bem e o mal e, no entanto, trazem uma oferta diante de mim?

רַב אָשֵׁי וְאִיתֵּימָא רַבִּי חֲנִינָא בַּר פָּפָּא אָמַר: שְׁמוֹר נְקָבֶיךָ בְּשָׁעָה שֶׁאַתָּה עוֹמֵד בִּתְפִלָּה לְפָנַי.

Rav Ashi e alguns disseram que o Rabi Ḥanina bar Pappa disse: Preste atenção a seus orifícios, quando você estiver rezando perante Mim.

תָּנוּ רַבָּנַן: הַנִּכְנָס לְבֵית הַכִּסֵּא, חוֹלֵץ תְּפִילָּיו בְּרִחוּק אַרְבַּע אַמּוֹת, וְנִכְנָס. אָמַר רַב אַחָא בַּר רַב הוּנָא אָמַר רַב שֵׁשֶׁת: לֹא שָׁנוּ אֶלָּא בֵּית הַכִּסֵּא קָבוּעַ, אֲבָל בֵּית הַכִּסֵּא עֲרַאי — חוֹלֵץ, וְנִפְנֶה לְאַלְתַּר. וּכְשֶׁהוּא יוֹצֵא — מַרְחִיק אַרְבַּע אַמּוֹת, וּמַנִּיחָן, מִפְּנֵי שֶׁעֲשָׂאוֹ בֵּית הַכִּסֵּא קָבוּעַ.

Os Sábios ensinaram: Aquele que entra em um banheiro deve remover seus filactérios a uma distância de quatro côvados e entrar. Rav Aḥa bar Rav Huna disse que Rav Sheshet havia dito: Isso só foi ensinado em relação a alguém que entrasse em um banheiro regular, mas aquele que entrar em um banheiro improvisado pode remover seus filactérios e se aliviar imediatamente. Mas quando alguém sai de um banheiro improvisado, ele deve se distanciar quatro côvados antes de vestir seus filactérios, porque agora ele transformou esse lugar em um banheiro regular.

אִיבַּעְיָא לְהוּ: מַהוּ שֶׁיִּכָּנֵס אָדָם בִּתְפִילִּין לְבֵית הַכִּסֵּא קָבוּעַ לְהַשְׁתִּין מַיִם? רָבִינָא שָׁרֵי, רַב אַדָּא בַּר מַתְנָא אָסַר. אֲתוֹ שַׁיְילוּהּ לְרָבָא, אָמַר לְהוּ: אָסוּר — חָיְישִׁינַן שֶׁמָּא יִפָּנֶה בָּהֶן. וְאָמְרִי לַהּ, שֶׁמָּא יָפִיחַ בָּהֶן.

Um dilema foi levantado diante dos Sábios na yeshiva: Qual é a halahá? Se pode entrar em um banheiro regular usando seus filactérios para urinar? Os Sábios discordavam sobre isso: Ravina permitia, enquanto o Rav Adda bar Mattana proibia. Eles vieram e perguntaram isso a Rava. Ele disse: É proibido, porque estamos preocupados com o fato de que ele venha ao local, trate como banheiro comum e defeque com eles vestido. Outros disseram que esta halahá seria assim, porque estaríamos preocupados que, uma vez que ele já estivesse no banheiro, ele poderia esquecer que seus filactérios estavam em sua cabeça e “fosse quebrar o vento” com eles ainda sobre si.

תַּנְיָא אִידַּךְ: הַנִּכְנָס לְבֵית הַכִּסֵּא קָבוּעַ חוֹלֵץ תְּפִילָּיו בְּרִחוּק אַרְבַּע אַמּוֹת, וּמַנִּיחָן בַּחַלּוֹן הַסָּמוּךְ לִרְשׁוּת הָרַבִּים, וְנִכְנָס. וּכְשֶׁהוּא יוֹצֵא — מַרְחִיק אַרְבַּע אַמּוֹת, וּמַנִּיחָן, דִּבְרֵי בֵּית שַׁמַּאי. וּבֵית הִלֵּל אוֹמְרִים: אוֹחֲזָן בְּיָדוֹ, וְנִכְנָס. רַבִּי עֲקִיבָא אוֹמֵר: אוֹחֲזָן בְּבִגְדוֹ, וְנִכְנָס.

Foi ensinado em outro baraita: Aquele que entrar num banheiro regular deve remover seus filactérios a uma distância de quatro côvados, colocá-los na janela na parede do banheiro adjacente ao domínio público e depois entrar. E quando ele sair, ele deve se distanciar de quatro côvados antes de vesti-los. Esta foi a declaração de Beit Shammai. Beit Hillel disse: Ele deve remover seus filactérios, mas ele os segura em sua mão e entra. O Rabi Akiva disse: Ele os coloca em suas vestes e entra.

בְּבִגְדוֹ סָלְקָא דַעְתָּךְ?! זִימְנִין מִישְׁתְּלֵי לְהוּ וְנָפְלִי! אֶלָּא אֵימָא: אוֹחֲזָן בְּבִגְדוֹ וּבְיָדוֹ, וְנִכְנָס.

A Guemará se pergunta: Entra em sua mente dizer, que ele coloca em sua veste? Há espaço para preocupação, porque às vezes ele os esquece e eles podem cair. Em vez disso, diga: Ele os segura com suas vestes e na mão e entra no banheiro. Ele segura os filactérios em sua mão e a cobre com a roupa.

וּמַנִּיחָם בַּחוֹרִין הַסְּמוּכִים לְבֵית הַכִּסֵּא, וְלֹא יַנִּיחֵם בַּחוֹרִין הַסְּמוּכִים לִרְשׁוּת הָרַבִּים, שֶׁמָּא יִטְּלוּ אוֹתָם עוֹבְרֵי דְרָכִים, וְיָבֹא לִידֵי חֲשָׁד.

Foi estabelecido na baraita: E se há espaço para colocá-los, ele os coloca nos buracos adjacentes ao banheiro, mas não os coloca nos buracos adjacentes ao domínio público, para que os filactérios não sejam tomados pelos transeuntes e ele venha a ser suspeito.

וּמַעֲשֶׂה בְּתַלְמִיד אֶחָד שֶׁהִנִּיחַ תְּפִילָּיו בַּחוֹרִין הַסְּמוּכִים לִרְשׁוּת הָרַבִּים, וּבָאת זוֹנָה אַחַת, וּנְטָלָתַן, וּבָאת לְבֵית הַמִּדְרָשׁ וְאָמְרָה: רָאוּ מַה נָּתַן לִי פְּלוֹנִי בִּשְׂכָרִי! כֵּיוָן שֶׁשָּׁמַע אוֹתוֹ תַּלְמִיד כָּךְ, עָלָה לְרֹאשׁ הַגָּג וְנָפַל וָמֵת. בְּאוֹתָהּ שָׁעָה הִתְקִינוּ שֶׁיְּהֵא אוֹחֲזָן בְּבִגְדוֹ וּבְיָדוֹ, וְנִכְנָס.

E um incidente ocorreu envolvendo um estudante que colocou seus filactérios nos buracos adjacentes ao domínio público, e uma prostituta passou e levou os filactérios embora. Ela veio para a sala de estudos e disse: Veja o que fulano me deu como meu pagamento. Quando aquele estudante ouviu isso, ele subiu ao telhado, se jogou e morreu. Naquele momento, instituíram que se deveria segurá-los com suas vestes e na mão e entrar para evitar situações desse tipo.

תָּנוּ רַבָּנַן: בָּרִאשׁוֹנָה הָיוּ מַנִּיחִין תְּפִילִּין בַּחוֹרִין הַסְּמוּכִים לְבֵית הַכִּסֵּא, וּבָאִין עַכְבָּרִים וְנוֹטְלִין אוֹתָן. הִתְקִינוּ שֶׁיְּהוּ מַנִּיחִין אוֹתָן בַּחַלּוֹנוֹת הַסְּמוּכוֹת לִרְשׁוּת הָרַבִּים; וּבָאִין עוֹבְרֵי דְרָכִים וְנוֹטְלִין אוֹתָן. הִתְקִינוּ שֶׁיְּהֵא אוֹחֲזָן בְּיָדוֹ וְנִכְנָס.

Os Sábios ensinavam em uma baraita sobre este assunto: No início, eles colocavam os filactérios nos buracos adjacentes ao banheiro, e os ratos vinham e os pegavam ou roíam. Por isso, instituíram que deveriam colocá-los nos buracos adjacentes ao domínio público, onde não havia ratos. No entanto, os transeuntes vinham e levavam os filactérios. Em última análise, eles instituíram que se deveria segurar os filactérios em sua mão e entrar.

אָמַר רַבִּי מְיָאשָׁא בְּרֵיהּ דְּרַבִּי יְהוֹשֻׁעַ בֶּן לֵוִי: הֲלָכָה, גּוֹלְלָן כְּמִין סֵפֶר, וְאוֹחֲזָן בִּימִינוֹ כְּנֶגֶד לִבּוֹ. אָמַר רַב יוֹסֵף בַּר מִנְיוֹמֵי אָמַר רַב נַחְמָן: וּבִלְבַד שֶׁלֹּא תְּהֵא רְצוּעָה יוֹצֵאת מִתַּחַת יָדוֹ טֶפַח.

Sobre este tópico, Rabi Meiasha, filho de Rabi Iehoshua ben Levi, disse: A halahá, neste caso, é que se enrola os filactérios em suas tiras como um pergaminho, e os segura em sua mão em frente ao seu coração. Rav Iossef bar Maniumi disse que Rav Naḥman havia dito: Isto só é assim, desde que a correia dos filactérios não surja mais do que uma largura de mão abaixo de sua mão.

אָמַר רַבִּי יַעֲקֹב בַּר אַחָא אָמַר רַבִּי זֵירָא: לֹא שָׁנוּ אֶלָּא שֶׁיֵּשׁ שְׁהוּת בְּיוֹם לְלׇבְשָׁן, אֲבָל אֵין שְׁהוּת בְּיוֹם לְלׇבְשָׁן — עוֹשֶׂה לָהֶן כְּמִין כִּיס טֶפַח, וּמַנִּיחָן.

Rabi Iáacov bar Aḥa disse que Rabi Zeira havia dito: Só foi ensinado que alguém enrolaria seus filactérios quando ainda houvesse tempo restante no dia para vesti-los. Se não sobrar tempo durante o dia para vesti-los antes do anoitecer, quando os filactérios não são vestidos, ele faz uma espécie de bolsa de uma mão para eles e os coloca nela.

אָמַר רַבָּה בַּר בַּר חָנָה אָמַר רַבִּי יוֹחָנָן: בַּיּוֹם גּוֹלְלָן כְּמִין סֵפֶר וּמַנִּיחָן בְּיָדוֹ כְּנֶגֶד לִבּוֹ, וּבַלַּיְלָה עוֹשֶׂה לָהֶן כְּמִין כִּיס טֶפַח, וּמַנִּיחָן.

Da mesma forma, Rabba bar bar Ḥana disse que Rabi Iohanan disse: Durante o dia alguém enrola os filactérios como um pergaminho e os coloca em sua mão em frente ao seu coração, e à noite ele faz uma espécie de bolsa de uma mão para eles e os coloca nela.

אָמַר אַבָּיֵי: לֹא שָׁנוּ אֶלָּא בִּכְלִי שֶׁהוּא כִּלְיָין, אֲבָל בִּכְלִי שֶׁאֵינוֹ כִּלְיָין, אֲפִילּוּ פָּחוֹת מִטֶּפַח.

Abaye disse: Eles só ensinaram que deve ser uma bolsa de uma mão de largura em relação a um utensílio, que é o utensílio regular dos filactérios, mas em um utensílio que não é seu utensílio regular, ele pode colocar os filactérios nele, mesmo que seja menor que uma largura de mão.

אָמַר מָר זוּטְרָא, וְאִיתֵּימָא רַב אָשֵׁי: תֵּדַע שֶׁהֲרֵי פַּכִּין קְטַנִּים מַצִּילִין בְּאֹהֶל הַמֵּת.

Mar Zutra e, alguns disseram que foi o Rav Ashi, disse como prova para essa distinção: as leis da impureza ritual afirmam que apenas um espaço de pelo menos uma largura de mão poderia servir como uma barreira para impedir a propagação da impureza ritual transmitida por um cadáver. No entanto, pequenos utensílios selados com menos de uma largura de mão em tamanho, protegem seu conteúdo da impureza ritual, mesmo que estejam dentro de uma tenda sobre um cadáver. Isso prova que mesmo um espaço menor que uma largura de mão pode servir como uma barreira da impureza ritual.

אָמַר רַבָּה בַּר בַּר חָנָה: כִּי הֲוָה אָזְלִינַן בָּתְרֵיהּ דְּרַבִּי יוֹחָנָן, כִּי הֲוָה בָּעֵי לְמֵיעַל לְבֵית הַכִּסֵּא כִּי הֲוָה נָקֵיט סִפְרָא דְאַגָּדְתָּא — הֲוָה יָהֵיב לַן, כִּי הֲוָה נָקֵיט תְּפִילִּין — לָא הֲוָה יָהֵיב לַן, אָמַר: הוֹאִיל וּשְׁרוֹנְהוּ רַבָּנַן —

Rabba bar bar Ḥana disse: Quando andávamos atrás do Rabi Iohanan, víamos que quando ele tentava entrar no banheiro enquanto segurava um livro de agadá, ele o dava a nós. Quando ele estava segurando filactérios, ele não os dava a nós, pois ele disse: Posto que que os Sábios permitiram segurá-los, eles me protegerão. Apesar de haver pessoas para quem ele pudesse entregar os filactérios, ele os mantinha consigo, para o proteger de perigo. Rava disse: Quando caminhávamos com o rabino Nahman, víamos que quando ele estava segurando um livro de Agadá, ele nos dava. Quando ele estava segurando os filactérios, ele não nos dava, posto que dizia: Já que os sábios permitiram segurá-los, eles me protegerão.